Apesar de ser a primeira filha de três, sempre me senti muito só. Provavelmente isso acontecia por ter irmãos meninos e assim, mais afinidades e interesses mútuos. Acredito que essa solidão fez nascer em meu coração o desejo em meu coração de ser mãe de muitos filhos.
Quando Caio nasceu descobri que a maternidade era mesmo a minha praia. E como sempre fiz questão de ser uma boa mãe (aliás, excelente - convencida ou exigente?), não tive pressa em partir para o segundo, pois queria curtir meu primogênito ao máximo.
Só quando meu pequeno já tinha cinco anos foi que engravidei novamente. A
pesar de ansiar por muitos filhos, temia não ser capaz de amar o próximo na mesma medida. Mas quando as meninas nasceram, vi que esse medo era infundado.
Sendo mãe de três não sei se os amo na mesma medida, na verdade amor não se mede, porém o altruísmo que nasce em nós quando nos tornamos mãe, me faz afirmar que esse amor pelo meu trio não tem fim.
E quando o Caio resolve provocar as irmãs, dizendo que o amo mais, logo respondo: não o amo mais do que a elas, só o amo a mais tempo.