A desafiante arte de educar

Há pouco mais de 12 anos ingressei no maravilhoso mundo da maternidade. Eu, que planejei a gravidez, não imaginava os desafios que me esperavam. Confesso que achei que seria só alegria, pois aquele bebê completaria meu mundo, seria meu companheiro. O que tenho a dizer 12 anos depois? Acertei em cada achado.

Aquele bebê lindo, branquinho, de olhos azuis e que chamava a atenção pela beleza onde quer que ia, completou meu mundo, me dando muitas alegrias e é um grande companheiro. Agradeço a Deus todos os dias pela escolha que fiz e por tudo ter se realizado do jeitinho que sonhei.

Isso não significa que não tive desafios, claro que tive e milhares deles. Na verdade, desde que meu filho nasceu até hoje, temos desafios diários. Percebeu que escrevi no plural, né? Sim, são vários desafios, afinal, um dia nunca e igual ao outro, especialmente quando se tem mais de um filho e eu já tenho três.

Caio, meu mais velho, nasceu lindo e "bichado". Tem gente que não gosto quando falo assim, mas ele nasceu com catarata congênita e um mês após o nascimento teve a sua primeira crise de bronquite asmática - primeira de muitas outras. Os remédios para controle da doença respiratória, faziam a catarata progredir. Carol e Mari, são gêmeas e a gemelaridade por si só já é um super desafio.

São 12 anos escalando uma montanha e como não tenho medo de desafios, escalo com garra e determinação. Procuro fazer o meu melhor, mas é claro que muitas vezes escorrego, assim como sento e choro quando me sinto incapaz. Mas, no geral, tenho feito um bom trabalho. 

Fui presenteada com três crianças lindas e perfeitas. Os desafios que a vida me dá ao lado delas, fazem com que eu me esforce em amor para ser uma pessoa melhor. Tenho plena consciência que só assim, com este exemplo, eles serão pessoas melhores. Criar pessoas de bem é minha meta e não me canso de aprender e executar para que cumprir essa missão.

Daqui para frente, estarei voltando com o blog e compartilhando com vocês um pouco da minha experiência, do meu dia a dia com as pequenas e com o não mais tão pequeno, no intuito de aprender e ensinar. Espero que você embarque comigo nesta aventura e aprenda o que aprendi: não tenha medo de escorregar ou errar, e não se culpe quando algo não sair como planejou. Respire fundo, replaneje se achar que precisa e siga em frente. Vai dar tudo certo. Eu acredito.

Beijos da Flávia